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Paraná tem quase 120 mil pessoas com potencial de transmissão da Covid-19

Estado atingiu 480.128 diagnósticos da doença com mais de 8,8 mil mortes. Apesar de um número alto de recuperados (352.162), o aumento de casos ativos preocupa autoridades

O Paraná tem quase 120 mil pessoas com potencial de transmissão da Covid-19, com base nos dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na terça-feira (12). Este é o maior número desde o início da pandemia.

Os primeiros casos confirmados no estado foram registrados em 12 de março de 2020. Ao todo, eram seis. Dez meses depois, o Paraná atingiu 480.128 diagnósticos da doença com mais de 8,8 mil mortes.

Apesar de um número alto de recuperados (352.162), o aumento de casos ativos no estado preocupa autoridades em relação ao futuro, já que cada contaminado - se não se isolar - pode transmitir a doença para outras pessoas.

"A transmissão é muito rápida, e a pandemia é demorada. O tratamento em uma UTI tem gerado em torno de 20 dias. As pessoas não entenderam a gravidade. Precisamos aumentar o nível de consciência social no nosso estado", afirma Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa.

A diretora conta que, ao mesmo tempo em que algumas pessoas reclamam por estar tanto tempo sem ter a rotina normal por causa da pandemia, as mesmas deixam de cumprir regras básicas para proteção individual e coletiva e, dessa forma, a pandemia vai demorar ainda mais a passar.

"Estamos repetindo exaustivamente, que mesmo com a chegada da vacina, todas as medidas para evitar a transmissão do vírus devem ser mantidas. Uso de máscara é lei, não tem o que discutir, tem que usar. A gente vê pessoas com máscaras no pescoço, na cabeça, tapando só a boca, e está errado. Faz quase um ano que estamos explicando isso, infelizmente", diz.

Maria Goretti ainda explica que os casos retroativos divulgados todos os dias nos boletins, referentes a diagnósticos de meses anteriores, não interferem no cálculo de casos ativos.

Isso porque esses números, apesar de aumentarem significativamente no total do estado, eles são colocados nas planilhas como casos recuperados ou que evoluíram a óbito.

"Os casos têm crescido muito no Paraná, em virtude das festas de fim de ano, aglomerações e viagens, porém é importante olhar sempre para os novos casos dos últimos dias, que são esses os ativos. Estamos fazendo uma limpeza no banco de dados e todos os municípios foram orientados a revisar os números para não deixar passar. Não podemos errar e nem esquecer nenhuma vítima", comenta a diretora.

Análise de casos ativos por mês

Os primeiros casos do novo coronavírus no Paraná foram confirmados no dia 12 de março do ano passado. Ao todo, eram seis - sendo 5 em Curitiba e 1 em Cianorte.

As duas primeiras mortes ocorreram em 27 de março, em Maringá.

Um mês depois, em 12 de abril, o estado tinha 708 casos ativos com 30 óbitos. Nestes dois boletins analisados, a Sesa ainda não divulgava o número de pessoas recuperadas.

Em 12 de maio, o Paraná teve queda nos números de casos ativos, isso porque começou a registrar os casos recuperados da doença. Em maio, eram 1.906 diagnósticos, destes 1.318 pessoas recuperadas e 113 pessoas que não resistiram à Covid. Portanto, 475 casos ativos no estado.

No dia 12 de junho, o estado contabilizava 8.705 casos confirmados, destes 5.367 eram ativos. Em 12 do mês seguinte, em julho, o número de diagnósticos subiu para 42.058 - sendo 27.656 casos com potencial de transmissão.

Em 12 de agosto, eram 36.145 casos ativos no Paraná. No mês seguinte, em setembro, o estado já tinha batido a marca de mais de 150 mil casos confirmados e, no dia 12, haviam 43.422 casos ativos.

No dia 12 de outubro, o Paraná registrava 191.942 diagnósticos do coronavírus, sendo 45.919 casos ativos. Nesse dia, o estado já somava mais de 4,7 mil mortos pela doença.

Em 12 de novembro, o estado ultrapassou os 225 mil casos confirmados. Nesse dia, o número de recuperados era de mais de 171 mil e o de óbitos era de 5.559. Portanto, 48.432 casos com potencial de transmissão no Paraná.

No último dia 12 de 2020, em dezembro, o estado contabilizava 324.449 diagnósticos da Covid-19. Mais de 6,7 mil pessoas mortas e 230.862 recuperados da doença. Esse foi o maior número de casos ativos do ano no Paraná: 86.886.

Na terça-feira, 12 de janeiro desde ano, mais de 480 paranaenses se contaminaram com o coronavírus, destas 8.811 morreram e 352.162 se recuperaram. O número de pessoas com potencial de transmissão do vírus chegou a 119.155.

Vírus nos municípios

De acordo com o último boletim publicado pela Sesa, todas as 399 cidades do estado possuem pelo menos um caso confirmado da Covid-19.

53% das pessoas contaminadas são mulheres, enquanto a média de idade dos casos confirmados do novo coronavírus, de ambos sexos, é de 39,43 anos.

Já a média de idade das mortes é de 68,94 anos, segundo a secretaria. Somente 29 municípios não registram mortes pela doença. Veja quais abaixo:

Alto Paraíso, Amaporã, Barra do Jacaré, Boa Esperança do Iguaçu, Cândido de Abreu, Coronel Domingos Soares, Cruzeiro do Sul, Flórida, Godoy Moreira, Indianópolis, Jardim Olinda, Lupionópolis, Mato Rico, Nova Aliança do Ivaí, Nova Olímpia, Nova Santa Bárbara, Nova Santa Rosa, Paulo Frontin, Pinhal de São Bento, Rancho Alegre D'Oeste, Rio Branco do Ivaí, Rosário do Ivaí, Salgado Filho, Santa Inês, Santo Antônio do Paraíso, São Jorge do Patrocínio, São Pedro do Paraná, Serranópolis do Iguaçu e Turvo.

Curitiba é a cidade que tem o maior número de diagnósticos (75.821) e mortes (2.089) pelo novo coronavírus no Paraná. Confira dados sobre a capital mais abaixo.

Londrina, no norte do estado, é o município que mais tem casos ativos em todo o Paraná. Segundo o boletim da Sesa de terça, a cidade tem 29.409 casos confirmados, 16.986 recuperados e 454 mortes pela doença. Portanto, 11.969 pessoas com potencial de transmissão.

Em contrapartida, o município de Rancho Alegre D'Oeste, no centro-oeste do estado, registra o menor número de casos confirmados (13) e nenhuma morte. Conforme a tabela da Sesa, esta é a única cidade do Paraná sem casos ativos.

Cruzeiro do Sul, no noroeste, e Mato Rico, na região central, possuem apenas uma pessoa com potencial de transmissão em cada. Veja os dados da cidade onde você mora.

O número de casos ativos atingido nesta terça-feira no Paraná (119.155) equivale à população inteira de cidades como: Almirante Tamandaré, Piraquara, Umuarama e Cambé - que possuem de 100 mil a 120 mil habitantes, conforme dados populacionais do CENSO 2010 – IBGE estimativa para o Diário Oficial da União (DOU) de 2020.

Aumento de testes no estado

A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa afirma que o Paraná, desde o início da pandemia, é um dos estados que mais realiza exames - tanto pela rede pública quanto por laboratórios credenciados.

Eram 5,6 mil testes realizados por dia no estado e, desde o dia 4 de janeiro, são 10,6 mil exames feitos por dia.

Conforme o levantamento de terça-feira (12), o Paraná realizou 1,5 milhão de testes da Covid-19 desde o início da pandemia. Destes, 10.125 estão em análise.

"É uma engrenagem complexa que, com ajuda muitos parceiros, conseguimos dar conta. Mas, estamos aprendendo todo dia, é uma situação dificílima. De verdade, contamos muito com a sensibilização das pessoas, do envolvimento, para que elas vejam que de fato é grave e já perdemos muitas vidas. Precisamos evitar novos casos e novas mortes. Isso depende de todos", disse Maria Goretti.

7,3 mil casos ativos na capital

Conforme informado mais acima, Curitiba é a cidade com mais casos confirmados e mortes pela Covid-19 no Paraná, segundo dados da Sesa.

A prefeitura reúne os dados de forma diferente e, por isso, os números divulgados pela administração municipal são maiores, de 118.044 diagnósticos e 2.389 mortes pela doença.

De acordo com os dados de terça-feira, são 7.319 casos ativos na capital. Em 9 de dezembro do ano passado, eram 14 mil casos ativos na cidade.

Entretanto, segundo Alcides de Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia de Curitiba, essa queda de pessoas com potencial de transmissão em janeiro passa uma falsa impressão de tranquilidade em relação à doença na capital.

"O momento ainda é muito delicado e não dá conforto algum para nós. É uma falsa impressão que está mais controlado. Os reflexos das festividades de fim de ano ainda podem aparecer daqui uns dias, então se tiver sintomas é essencial não sair de casa. É desconfortável andar de máscara no sol, no calor, sim, mas é nosso dever. A gente precisa remar para o mesmo lado, isso é exercitar a cidadania", disse.

A prefeitura informou, na terça-feira, que a taxa de ocupação geral de leitos de UTI para pacientes com suspeita ou casos confirmados da Covid-19 é de 80%.

"Nós temos estrutura mas se os casos ativos chegarem a 14 mil de novo, por exemplo, vai apertar. Não basta ter cama, ter aparelhos, tem que ter o profissional de saúde para atender, e eles estão esgotados, alguns doentes. Em novembro, a taxa de ocupação dos leitos adultos atingiu 95% com 12 mil casos ativos. Não podemos deixar se repetir", concluiu Oliveira.

Fonte: G1

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