Notícias

Imagem

Reforma Administrativa é extremamente nociva à população

Se aprovada, ela abre margem para a corrupção tomar conta do nosso país

Nos últimos dias, muito tem se falado sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, do Poder Executivo, que muda regras para futuros servidores e altera a organização da administração pública. O texto propõe o fim de alguns direitos, como: o Regime Jurídico Único (RJU) para futuros servidores, estabilidade, licença-prêmio e adicionais por tempo de serviço (anuênio, triênio e quinquênio).  

A proposta da Reforma Administrativa é ruim para toda a população. Se aprovada, a PEC abre margem para a corrupção tomar conta do nosso país. Além disso, as pessoas podem perder os serviços públicos em qualidade, o Brasil pode cair ainda mais no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e, muito provavelmente, haverá troca de favores para conseguir um cargo na administração pública. 

Sob todos os ângulos que se observa, a proposta é extremamente nociva à população, principalmente a mais carente, que necessita da proteção estatal. Para o Presidente da Fenafisco, Charles Alcantara, a PEC provoca um desmonte do Estado por meio da precarização dos serviços públicos. “A PEC 32/20 fere mortalmente a proteção social garantida pela Constituição Federal. Ainda abre brechas nítidas para a corrupção e a volta do "coronelismo', por meio do ataque ao concurso público e da retirada de direitos dos servidores, permitindo assim o aparelhamento dos órgãos públicos, com o intuito de atender interesses de natureza privada”, afirma. 

Para o Presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (Sindafep), Osmar de Araújo Gomes, existem outros assuntos que precisam ser debatidos antes da Reforma Administrativa “A PEC 32/20, se for aprovada, precisa ser para todas as carreiras do funcionalismo público. Hoje, estão tirando direitos daqueles que mais trabalham pela população, como os médicos e professores. E estão alegando que a melhoria virá a longo prazo, assim como falaram sobre a Reforma da Previdência. Até agora ainda não vimos esta melhora. O Sindafep é totalmente contra esta proposta”, conclui. 

Para o Vice-presidente Sindical, Carlos Stadler, já passou da hora da população reconhecer a importância dos servidores públicos. “Nós, representantes sindicais, estamos lutando contra as investidas que prejudicam a imagem do funcionalismo, mas tem sido muito difícil. A nossa categoria, por exemplo, tem papel fundamental para a prestação de serviços à sociedade. Infelizmente, não são todos que conhecem as funções exercidas pelos Auditores Fiscais. Nós fiscalizamos, organizamos e trabalhamos no planejamento da administração tributária. Só assim existem recursos para atender a sociedade, com a prestação de serviços de saúde, educação e de tantas outras funções atribuídas à gestão pública. O Auditor Fiscal é importante para a população, inclusive para a recuperação econômica. Nosso desafio é fazer com que a sociedade reconheça isso”, disse. 

O relator da matéria, Arthur Maia (DEM-BA), entregará seu relatório — o que pode acontecer na próxima segunda-feira (30), segundo declarou o próprio parlamentar.


 

Comente esta notícia

código captcha

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (SINDAFEP) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SINDAFEP. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SINDAFEP bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.