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Pular o café da manhã pode facilitar ganho de peso e prejudicar o coração

Sabe aquilo que ouvíamos de nossas mães e avós sobre o café da manhã ser a refeição mais importante do dia? Pois elas estavam certas: o desjejum ajuda a manter a saúde do coração. Desde que contenha alimentos saudáveis e nas porções recomendadas, ele é – ou deveria ser – nossa principal fonte de nutrientes.

Apesar de sua relevância, muita gente acaba pulando a refeição. E não apenas por falta de tempo: para uma parcela, isso faz parte de uma estratégia de perda de peso baseada na dieta conhecida como jejum intermitente. Ele não limita o que comer, mas quando comer.

Há diversas modalidades desse tipo de dieta: jejum em um ou dois dias da semana (consecutivos ou não); jejum dia sim, dia não; comer em apenas um período do dia, entre outras. O objetivo é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura para a perda de massa gorda.

A questão é que o jejum intermitente até pode contribuir para a perda de peso em curto prazo assim como outras dietas restritivas. Porém, a maioria das pessoas não consegue sustentar esse padrão de alimentação por um longo período. Fora que não se sabe sobre a segurança dessa modificação de estilo de vida.

Quanto à saúde cardiovascular, há pouquíssimas evidências de que o jejum intermitente possa contribuir na prevenção e no tratamento.

As vantagens do café da manhã
Diferentemente do que parece, o consumo diário de um café da manhã saudável fornece macro e micronutrientes que ajudam na manutenção do peso corporal, além de melhorar as funções cognitivas.

Em contrapartida, não comer pela manhã está associado a um aumento do chamado colesterol ruim (LDL) e manutenção da glicemia de jejum elevada, com insuficiência de micronutrientes.

Um estudo da American Heart Association observou que 74% das pessoas que pulam o café da manhã não atingem dois terços da quantidade recomendada de vitaminas e minerais. Por outro lado, apenas 41% dos que tinham como hábito tomar o café da manhã registravam essa deficiência.

E se quem despreza o desjejum tem como objetivo emagrecer, aqui vai mais um motivo para encontrar um método mais saudável: um recente estudo observacional, que avaliou 200 mil adultos, identificou que aqueles que ignoravam essa refeição apresentavam alguma tendência à obesidade. Não se trata ainda de uma certeza científica, mas onde há fumaça…

Preocupação com as crianças
O sobrepeso e a obesidade infantil estão entre as grandes preocupações de saúde pública. Isso porque crianças e adolescentes obesos têm maior risco de apresentar colesterol alterado quando chegam à idade adulta e desenvolver doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares.

Além disso, outra pesquisa pontual na área mostrou que crianças que não tomam café da manhã possuem uma probabilidade 43% maior de se tornarem obesas quando comparadas àquelas que fazem essa refeição regularmente.

O que servir de manhã
A recomendação é que um café da manhã seja ingerido até duas horas após acordar e, de preferência, nunca depois das 10 horas.

Confira os itens do Guia Alimentar para População Brasileira, com oito sugestões de café da manhã – contemplando hábitos alimentares de várias regiões do país e a diversidade de paladares. O foco é priorizar alimentos in natura ou minimamente processados.

Essas sugestões inclusive mostram como alimentos processados (pães e queijos) podem ser integrados à refeição.

• Café com leite, bolo de milho e melão
• Leite, cuscuz, ovo de galinha e banana
• Café com leite, tapioca e banana
• Café, pão integral com queijo e ameixa
• Café com leite, pão de queijo e mamão
• Café com leite, bolo de mandioca, queijo e mamão
• Suco de laranja natural, pão francês com manteiga e mamão
• Café com leite, cuscuz e manga

Não devemos desconsiderar que uma dieta balanceada contribui fortemente para uma vida mais equilibrada. E pular refeições importantes, como o café da manhã, pode até levar ao emagrecimento, mas de modo efêmero e pouco efetivo. Aí a saúde paga um preço alto.

*Maria Cristina Izar é diretora da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e professora livre-docente de da Disciplina de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Juliana Kato é nutricionista e diretora executiva do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).

Fonte: Veja Saúde

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